São Paulo, sábado, 5 de outubro de 1996 |
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Guerra e paz
NELSON DE SÁ
É o coordenador de comunicação. É dele a melhor descrição ou alegoria para o primeiro turno petista, na TV. "Usamos a estratégia do exército russo contra Napoleão", diz, lembrando "Guerra e Paz", de Tolstói. A campanha, sem medo de ser covarde, fugiu. A cada avanço de Maluf, retirou-se -dizendo "sim", relevando ataques, esperando. Daí a imagem de inexistência, da propaganda petista. - A estratégia foi evitar bater de frente com a máquina. No relato de Tolstói (questionado historicamente, diga-se), quem fez as vezes das armas russas foi o inverno. O inverno venceu Napoleão. - O PSDB cumpriu para nós o papel do inverno. Antes, Napoleão tomou Moscou. Antes, Maluf quase levou no primeiro turno. Para o segundo, o cenário sonhado por Dallari traz a mistificação malufista em fuga, fustigada pelos petistas. - O que queremos é fazer que o excesso de virtualidade volte como bumerangue. Eles vão perder a eleição por causa de Duda Mendonça. O ideal de Erundina é ser concreta, "lastreada". É ingênuo demais, amador, até romântico. Mas tem um pouco mais. O coordenador aposta também na "contradição da burguesia brasileira, para quem Paulo Maluf é o incômodo". Para o ataque, daqui para a frente, Erundina não vai estar sozinha. É a aposta. Texto Anterior: Candidata vai 'sumir' de SP Próximo Texto: PT é ambíguo sobre relação com tucanos Índice |
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