São Paulo, sábado, 5 de outubro de 1996 |
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Novo sistema reduz votos nulos e brancos
JOSÉ ROBERTO DE TOLEDO
O fenômeno ocorreu com mais força nas cidades com maiores contingentes de eleitores e, especialmente, nas eleições de vereadores -que tradicionalmente registravam altos índices de anulação do voto. Em São Paulo, houve só 8,54% de votos nulos e 5,36% de votos em branco para vereador. Para prefeito, o percentual foi ainda mais baixo: 5,23% e 1,5%, respectivamente. No caso do pleito majoritário, ao contrário do previsto, a influência do voto eletrônico pode ter influenciado na diferença que impediu a eleição de Celso Pitta ainda no primeiro turno: mais votos válidos fizeram diminuir o peso dos 45% do total de votos obtidos pelo malufista. As especulações que antecederam o primeiro turno de que os eleitores não saberiam como usar a máquina de votar e que isso colocaria em risco até o resultado do pleito não se confirmaram. Ao contrário: o alto índice de votos válidos, principalmente na eleição proporcional, fez com que aumentasse o número mínimo de votos para um candidato a vereador se eleger. Em São Paulo, por exemplo, esse limite aumentou em mais de 50%, dependendo do partido. No PT, alguns vereadores que em 1992 haviam sido eleitos com cerca de 10 mil votos, precisaram de mais de 16 mil para voltar à Câmara Municipal. O voto eletrônico também parece ter influenciado até na opção partidária dos eleitores. As legendas que souberam ensinar mais claramente a usar a máquina foram beneficiadas. É o caso, por exemplo, do PPB em São Paulo. Surpreendentemente, o partido teve mais votos na legenda do que o PT: 546 mil contra 453 mil, até o boletim das 16h. O PPB levou a vantagem de ser simbolizado pelo número 11, mais fácil de memorizar. (JRT) Texto Anterior: PPB e PSDB são os maiores vencedores Próximo Texto: Vencedor do primeiro turno quer unir em seu palanque PFL, PT e PDT Índice |
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