São Paulo, sábado, 5 de outubro de 1996
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Imbassahy diz que vai começar sua gestão com uma 'faxina' na cidade

LUIZ FRANCISCO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SALVADOR

Responsável pela primeira vitória do senador Antonio Carlos Magalhães (PFL) em eleições diretas para a Prefeitura de Salvador (BA), o ex-presidente da Eletrobrás Antônio Imbassahy (PFL), 48, diz que pretende realizar nos primeiros dois meses de sua administração uma faxina geral na capital baiana.
"Vou mudar o visual de Salvador retirando o lixo das ruas, recuperando as pistas e avenidas e recompondo a iluminação pública", afirmou o candidato, que a partir de janeiro vai administrar a terceira maior cidade brasileira e um orçamento de R$ 946,5 milhões.
Até as 20h de ontem, com 80,29% de urnas apuradas, Imbassahy tinha 51,47% dos votos válidos (335.705). Em segundo lugar, estava Nelson Pelegrino (PT), 36, com 29,88% dos votos (194.862).
No final da tarde de ontem, antes de a Justiça Eleitoral encerrar a apuração, Imbassahy, ACM e o governador Paulo Souto (PFL), todos vestidos de branco, foram agradecer a vitória na Igreja do Nosso Senhor do Bonfim.
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Agência Folha - Nas duas últimas semanas o sr. não ficou preocupado com o crescimento dos partidos de oposição, principalmente o PT?
Antônio Imbassahy - Não. Desde que iniciei minha campanha à prefeitura, estive na liderança em todas as pesquisas realizadas.
O crescimento dos partidos oposicionistas na reta final da campanha é normal, até porque havia muitos indecisos. Mesmo assim, os votos migrados para o PT saíram da própria oposição.
Agência Folha - Qual será a prioridade nos primeiros dois meses?
Imbassahy -Vou mudar o visual de Salvador, com a realização de uma faxina. A cidade está abandonada e precisa de melhoramentos em todos os setores. Vou retirar o lixo das ruas, recuperar as pistas e a iluminação pública.
Agência Folha - A vitória do sr. significa que o carlismo (grupo de ACM) acabou com o último grande reduto de oposição na Bahia?
Imbassahy - Minha vitória significa um amadurecimento da população. Os eleitores se cansaram das experiências fracassadas e resolveram entregar a cidade a um administrador que pertence ao grupo do senador ACM. Os eleitores sabem que ACM faz obras e resolve os problemas.
Agência Folha - Durante a campanha, os candidatos da oposição disseram que o sr. vai ser apenas um representante do carlismo. Como o sr. avalia essas declarações?
Imbassahy - Faz parte do desespero que tomou conta de meus opositores na reta final. A partir de janeiro, serei o líder de Salvador, mas terei humildade suficiente para pedir ajuda aos governos estadual e federal. Somente com a união de forças poderei executar todo o meu programa de governo.
Agência Folha - O que representou o apoio de ACM?
Imbassahy - Foi fundamental para a minha vitória. O senador é o maior líder político da Bahia. Os eleitores de Salvador sabem que os nomes apoiados por ACM são administradores competentes, honestos e trabalhadores.
Agência Folha - Antes da posse, o sr. pretende manter contato com a prefeita Lídice da Mata (PSDB)?
Imbassahy - Vou montar uma pequena equipe de trabalho para tomar conhecimento de todos os problemas da prefeitura.

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