| São Paulo, sábado, 5 de outubro de 1996 |
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Ministro de FHC ensaia apoio ao PPB para o segundo turno em São Paulo
CARLOS EDUARDO ALVES
Santos não fez, por enquanto, a declaração de apoio a Pitta. O cronograma acertado com o PPB prevê que isso será feito em etapa posterior, se for necessário. Santos disse que o apoio a Luiza Erundina (PT) é incompatível com os projetos do governo federal. "O PT sistematicamente é contra as reformas necessárias ao desenvolvimento do país", acha o ministro. Argumentou ainda que PPB e PFL, coligados em torno da candidatura malufista em São Paulo, fazem parte da base de sustentação do governo no Congresso, o que reforça a necessidade de derrotar o PT. O ministro de FHC conversou ontem com os deputados peemedebistas José Aristodemo Pinotti e Alberto Goldman, que formaram a chapa derrotada do partido na eleição paulistana. Pinotti fez uma campanha centrada em críticas à administração municipal malufista e deve declarar apoio a Erundina. A tentativa de Santos, um dos articuladores da candidatura de Pinotti, é evitar que o aval do deputado seja levado ao programa eleitoral do PT, para não caracterizar que o PMDB esteja endossando a petista. Outra interpretação corrente no meio político paulista enxerga no ato um discreto aceno de FHC a Maluf de que não haverá a interferência do governo federal no segundo turno em São Paulo. Como se sabe, o PPB se julga prejudicado principalmente pelas ações do ministro das Comunicações, Sérgio Motta, no primeiro turno. Quércia Santos atuou até agora na sucessão paulistana como um eficiente enviado especial do Palácio do Planalto. Ao articular o nome de Pinotti, inviabilizou o plano de Orestes Quércia, que queria fazer da candidatura peemedebista uma trincheira de combate a José Serra, representante tucano na disputa. Texto Anterior: TSE pretende aumentar o grau de informatização no 2º turno Próximo Texto: Malufista suspende sua campanha para descansar Índice |
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