São Paulo, domingo, 6 de outubro de 1996
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Contrabando de peixes ornamentais dá mais lucro

ANDRÉ MUGGIATI
DA AGÊNCIA FOLHA, EM TABATINGA

Além do pescado, outro tipo de peixe cruza a fronteira entre Brasil e Colômbia: é o peixe ornamental.
Entre os peixes ornamentais brasileiros, o preferido pelos comerciantes colombianos é o aruaná.
O aruaná é retirado no Brasil da área indígena do Vale do Rio Javari. Os pescadores que capturam o peixe recebem R$ 1,00 a unidade.
Segundo o Inpa (Instituto Nacional de Pesca e Agricultura) da Colômbia, cada aruaná chega a valer até R$ 500,00 no Japão. Ele só serve como ornamental quando é filhote, porque cresce muito.
A captura comercial do aruaná é proibida pelo Ibama. Segundo o superintendente do órgão no Amazonas, Hamilton Casara, a captura de filhotes está acabando com os adultos, que são uma das principais fontes de alimentação para a população da região.
Além do aruaná, outras espécies são apreciadas pelos colombianos, como o acará disco, o acará folha e a abramites. Apanhados no Brasil, ficam acondicionados em tanques, em Letícia, e depois vão para Bogotá. A viagem é feita em sacolas plásticas oxigenadas. De Bogotá, os peixes seguem para EUA, Europa e Japão.

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