| São Paulo, domingo, 6 de outubro de 1996 |
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Tucanos e malufistas fazem prévia da sucessão de FHC em cidades paulistas
JOSÉ ROBERTO DE TOLEDO
Em todos os municípios onde haverá confronto direto no Estado em 15 de novembro uma das duas siglas estará presente. Partido do presidente e candidato à sucessão Fernando Henrique Cardoso, o PSDB estará disputando a prefeitura em cinco das oito cidades que terão segundo turno em São Paulo. Os embates com tucanos acontecerão em Campinas, São Bernardo do Campo, Ribeirão Preto, São José dos Campos e Sorocaba. Por sua vez, o PPB do cada vez menos prefeito e mais presidenciável Paulo Maluf conseguiu colocar candidatos em metade das disputas do segundo turno. Os malufistas disputarão as prefeituras de São Paulo, Campinas, Guarulhos e Santos. Nada mal para um partido que, até 3 de outubro, só detinha o poder em uma das 15 maiores cidades paulistas. Nove milhões de votos Mais do que o respeitável colégio de 9,350 milhões de votos, o que estará em disputa é a hegemonia política no Estado e no país. As oito cidades onde haverá segundo turno são bases estratégicas para o lançamento de uma candidatura a governador ou a presidente. Juntas, representam quase 10% do eleitorado nacional e nada menos do que 42% do colégio eleitoral do Estado. PSDB e PPB disputam o espólio eleitoral do PMDB -a maior força política do Estado nos últimos anos. Após a eleição, os peemedebistas perderão o poder nas 3 das 13 maiores cidades do Estado. E só disputam o segundo turno em uma: São José dos Campos. Além das cinco cidades onde tentará chegar à prefeitura em 15 de novembro, o PSDB venceu em pelo menos quatro das maiores cidades paulistas já no primeiro turno: Jundiaí, Piracicaba, Limeira e Presidente Prudente. No meio da disputa de tucanos e malufistas, o PT tenta consolidar seu espaço político no Estado. Além da capital, o partido disputará o segundo turno em outras duas cidades: Santos e Ribeirão Preto. Em ambos os casos, luta para manter-se no poder já conquistado em 1992. No resto do Estado, o partido tenta compensar derrotas em municípios como Diadema e São José dos Campos, com vitórias Santo André e Franca. Cidades médias Se não conseguiu avanços eleitorais nas maiores cidades do interior paulista, o PT teve vitórias esparsas em municípios médios, como Matão. Lá, o partido pôs fim a mais de 20 anos de hegemonia política do PMDB na prefeitura. Para ter esperanças de disputar com chances de vitória a corrida presidencial de 1998, será fundamental para o partido vencer na capital paulista. Se perder em São Paulo, Santos e Ribeirão, o PT corre risco de encolher no Estado. O PFL, por sua vez, ensaia alguns passos para tentar aumentar sua influência em São Paulo. Alijado do poder nas maiores cidades do Estado, tenta abrir espaço no segundo turno em duas cidades: São Bernardo do Campo e Sorocaba. O PTB perdeu o poder em Santo André, mas conseguiu manter-se em Osasco e São Caetano do Sul. Texto Anterior: Eleição paulista é "prévia" da disputa presidencial de 98 Próximo Texto: Continuísmo só cresce nas metrópoles Índice |
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