São Paulo, domingo, 6 de outubro de 1996
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Preço em alta levou a protestos

DE PEQUIM

Inflação provoca incômodas memórias para os governantes chineses. O aumento de preços do final dos anos 80 representou um dos principais combustíveis para a insatisfação social que desembocou nos protestos pró-democracia da praça Tiananmen, em 1989.
Naquele ano, milhares de manifestantes, principalmente estudantes, tomaram a praça principal de Pequim com reivindicações pró-democracia. Mas a luta antiinflação e anticorrupção também se destacava no cardápio de exigências dos líderes estudantis.
No início de 1988, a inflação estava em torno de 20%. Atingiu, no final daquele ano, 26% ou mais em zonas urbanas chinesas, segundo o sinólogo britânico Jonathan Spence.
Repressão
A 4 de junho de 1989, o governo enviou tropas para reprimir os protestos na praça Tiananmen. A estimativa do número de mortos varia entre 200 e mais de 1 mil. Como na antiga URSS, esses números são guardados a sete chaves.
Com o impacto do conflito na praça Tiananmen, as reformas econômicas entraram em período de desaceleração. Voltaram a ser implementadas com intensidade em 1992, depois que o líder chinês e patriarca das mudanças, Deng Xiaoping, advertiu contra os riscos de o país perder os avanços na economia registrados desde o final dos anos 70.

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