São Paulo, terça-feira, 8 de outubro de 1996
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Brasileiros falam sobre o estudo

DA REPORTAGEM LOCAL

Segundo Alberto Nobrega, do departamento de imunologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a descoberta possibilitou entender por que habitualmente há rejeição de órgãos transplantados, e por que o organismo não ataca a si próprio.
"Eles descobriram que as células T são 'treinadas' a não funcionar na presença do MHC do próprio organismo", disse.
Assim, o sistema de defesa não se volta contra o corpo. Uma exceção, entretanto, são as doenças chamadas auto-imunes.
Segundo o pesquisador, cada pessoa tem um conjunto único de MHCs. Assim, um órgão "estranho", que traz os seus próprios MHCs, será rejeitado pelo sistema de defesa.
"Esse trabalho, que foi uma grande surpresa para todos na época, teve repercussão direta no entendimento do mecanismo de auto-imunidade, isto é, de por que o sistema imune não se volta contra o próprio corpo."
Para Amilcar Tanuri, a descoberta possibilitou o entendimento do funcionamento do sistema de defesa e assim, uma confecção mais precisa das vacinas.
A pesquisa de Zinkernagel e Doherty também contribuiu para o entendimento de muitas doenças inflamatórias crônicas -como as doenças reumáticas-, esclerose múltipla e diabetes.

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