São Paulo, sexta-feira, 11 de outubro de 1996 |
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Montoro quer governo de coalizão com o PT Para ex-governador, é preciso 'barrar' o malufismo EMANUEL NERI
Em caso de vitória de Erundina, a frente democrática serviria de base para a formação de um governo de coalizão. Além do PSDB e PMDB, a aliança seria integrada por todos os partidos que apoiaram a petista no primeiro turno. Montoro se encontrou anteontem com Erundina. Antes, ele se reuniu com o governador Mário Covas, no Palácio dos Bandeirantes. O PT acredita que a proposta de Montoro tem o aval de Covas. A decisão do PSDB sairá dia 18. O PSDB já decidiu que não apóia Celso Pitta (PPB) em nenhuma hipótese. Com isso, sobram duas opções -apoio a Erundina ou neutralidade. Qualquer que seja a decisão, segundo Montoro, ele estará livre para apoiar a petista. Mas Montoro quer muito mais. Quer que a frente democrática vá para o segundo turno com um programa comum para governar São Paulo. Muitas dessas propostas virão do programa de governo do derrotado José Serra (PSDB). Montoro vai propor que o programa de Erundina defenda a descentralização do governo, a criação de subprefeituras, formação de parceria com o Estado para as obras do Metrô e prioridade para o SUS (Sistema Único de Saúde). A maioria dessas propostas já integra o programa de governo de Erundina. Para Montoro, a criação da frente tem como objetivo "barrar o malufismo" em São Paulo. "Não será um governo do PT, mas sim das forças democráticas." Para o ex-governador, São Paulo tem obrigação de combater o malufismo. "Não podemos esquecer o militarismo, o Erasmo Dias e a campanha das diretas", afirmou. Montoro acredita que sua proposta tem condições de sair vitoriosa na convenção do PSDB. Para ele, a maior prova de apoio foram os inúmeros telefonemas recebidos ontem "manifestando solidariedade" a seu apoio a Erundina. Texto Anterior: Desperdício de energia Próximo Texto: PT quer "desentocar" Pitta com ataques Índice |
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