São Paulo, sexta-feira, 11 de outubro de 1996
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Secretário tenta rolar dívida

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O secretário da Fazenda de São Paulo, Yoshiaki Nakano, disse ontem que a renegociação da dívida do Estado é complexa, mas será feita de acordo com as regras definidas para os demais Estados.
Nakano não quis comentar o caso do Banespa, em Raet (Regime de Administração Especial Temporária) desde dezembro de 94. São Paulo é o único Estado que deve R$ 18 bilhões ao seu banco.
Com isso, a renegociação da dívida deve ser diferente das demais. No caso da mobiliária (em títulos), o governo propõe renegociá-la por 30 anos com juros de 6% ao ano, mais correção pelo IGP-DI.
A Folha apurou que a equipe econômica quer incluir na renegociação uma solução para o Banespa. A idéia é que o Estado pague à vista metade da dívida que tem com o banco e renegocie o resto.
"Não definimos nada. A reunião foi apenas para discutir princípios", disse Nakano, após reunião com Pedro Parente, secretário-executivo do Ministério da Fazenda. Nova reunião foi marcada para quinta. Segundo Nakano e a assessoria do ministério, não foi discutida a situação do Banespa.
Foi a primeira reunião de Nakano com integrantes da equipe econômica para renegociar a dívida paulista: R$ 18 bilhões com o Banespa, R$ 4,3 bilhões com a Nossa Caixa e R$ 17,23 bilhões em títulos.
Rio Grande do Sul e Minas Gerais já fecharam acordo e vão rolar suas dívidas por 30 anos. O Rio já iniciou negociações, mas ainda não foi fechado nenhum acordo.

Texto Anterior: Demissão de 12,5 mil servidores estaduais vai custar R$ 68 mi
Próximo Texto: Mineradora e índios tentam acordo no AM
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.