São Paulo, sexta-feira, 11 de outubro de 1996
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Presidente diz que ninguém mais pode falar mal do Plano Real

FHC espera críticas à proposta de reformular universidades

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O presidente Fernando Henrique Cardoso disse ontem que os críticos do Plano Real de antigamente hoje não podem mais falar mal do programa de estabilização.
"Fui ministro da Fazenda e, durante o tempo todo, na minha porta, tinha cantoria contra. Contra o real. Hoje, com o real, vai falar contra para ver o que acontece."
A afirmação foi feita em solenidade de assinatura de decreto que estabelece critérios para a avaliação do ensino superior no país.
O presidente estava comparando as críticas recebidas na época de implantação do plano econômico às que deve receber com as propostas de reformulação das universidades brasileiras.
Maquiavel
Para reforçar sua tese, chegou a citar Maquiavel: "E Maquiavel já dizia que o momento mais difícil é o da reforma. Por quê? Com a situação estabelecida, tem aliados, tem beneficiários, já estão com seu espírito moldado àquela situação", afirmou.
Maquiavel, nome pelo qual ficou conhecido Niccoll Machiavelli (1469-1527), foi um escritor e estadista italiano que ficou célebre com a máxima de que os fins justificam os meios.
As mudanças propostas para as universidades públicas passam por uma reformulação dos planos de carreira, o que pode provocar reações corporativas.
Segundo FHC, quando se está convicto, não se pode temer as reações. "A gente não pode ter medo dessa fanfarronada. Se tiver convicção, tem que enfrentar", disse.
Aos reitores presentes à solenidade, o presidente afirmou que o momento é de ter convicção.

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