São Paulo, sexta-feira, 11 de outubro de 1996
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Carreira dura 40 anos

PEDRO ALEXANDRE SANCHES
DA REDAÇÃO

Quando subir ao palco Groove do Free Jazz, George Clinton estará arrastando com ele o batalhão P-Funk, nome atual da confraria de músicos que ele comanda desde os anos 60.
A cornucópia hippie dos 70 -Clinton pulando de um caixão, músicos de fraldas queimando marijuana e simulando sexo- talvez não se repita. Mas ele tem feito shows vestido só com um lençol infantil de "Rei Leão". Já fazia isso em 64, sem nada por baixo.
Clinton formou o grupo vocal The Parliaments em 56. A música ocupava as horas vagas -ele era barbeiro até conseguir emprego como compositor na lendária Motown -onde nunca teve muito espaço.
Em plena contracultura começou a florescer, Clinton bifurcou sua banda em duas: Parliament assumia os grooves comerciais, Funkadelic mergulhava no experimentalismo.
Em 81, Clinton respondia pelo salário de mais de 60 músicos -a ruína do P-Funk era inevitável. Viu-se confinado a trabalhos solo de repercussão nula enquanto sua música passava a ser reprocessada por montes de artistas.
Só em 96 pôde reformar seus P-Funk All Stars e lançar um disco despasteurizado. A onda bate no Brasil e promete encerramento de gala ao 11º Free Jazz.
(PAS)

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