São Paulo, sábado, 12 de outubro de 1996 |
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PT decide não apoiar candidatos tucanos
EMANUEL NERI
Praticamente por unanimidade, a Executiva do PT decidiu ontem que não terão apoio candidatos que defendam políticas neoliberais. Em nota, reafirma que o PT é oposição aos governos de Mário Covas e FHC, ambos do PSDB. O PSDB precisa do apoio do PT nas cidades de São Bernardo do Campo, Campinas, São José dos Campos e Sorocaba. Nessas cidades, o PT não foi para o segundo turno. Já o PT necessita do apoio tucano em São Paulo e Santos. A decisão de ontem praticamente inviabiliza essa troca de apoios. O PT decidiu que cabe aos diretórios municipais dar a palavra final sobre a decisão. Mas parte dos diretórios prega o voto nulo onde o PSDB disputa o segundo turno. No caso de São Bernardo, por exemplo, é praticamente certa que a decisão será pelo voto nulo. A proposta é defendida pelo deputado estadual Wagner Lino, que perdeu a eleição local pelo PT. São Bernardo é um típico exemplo do que os tucanos chamam de intransigência petista. O candidato do PSDB, Maurício Soares, foi prefeito do município pelo PT. Foi ainda advogado do sindicato dos metalúrgicos local, berço do PT. A decisão do PT foi apoiada pela corrente Articulação, ligada a Luiz Inácio Lula da Silva. Foi derrotada uma proposta mais moderada, apresentada por integrantes da tendência Democracia Radical, do deputado José Genoino. Na próxima segunda-feira, Erundina tem encontro marcado com o deputado Renato Amary (PSDB), que disputará o segundo turno em Sorocaba. O PT daquela cidade caminhava para apoiar Amary. Agora, há dúvidas. O PT de São José dos Campos também sinalizava com a possibilidade de apoiar o candidato tucano Emanuel Fernandes, que disputa o segundo turno local com o PMDB. As recomendações aprovadas ontem pelo PT criam obstáculos para isso. Texto Anterior: Serra volta ao Senado 'low profile' Próximo Texto: Pitta centra campanha na zona leste Índice |
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