São Paulo, sábado, 12 de outubro de 1996
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Pitta permanece com 53%; petista oscila um ponto e está com 36%

JOSÉ ROBERTO DE TOLEDO
DA REPORTAGEM LOCAL

Sem o horário eleitoral no ar, as intenções de votos nos candidatos que disputam o segundo turno da sucessão paulistana permaneceram nos mesmos patamares que estavam há uma semana.
Representante do malufismo, Celso Pitta (PPB) segue favorito, com 53% das citações -o mesmo percentual que obteve na pesquisa do dia 4.
Luiza Erundina (PT) oscilou de 37% para 36%. A petista ficou dentro da margem de erro de três pontos percentuais (para cima ou para baixo).
A estabilidade de intenção de voto em ambos os candidatos mostra que as articulações e declarações de apoio em relação ao pepebista ou à petista ainda não influíram no quadro sucessório. Mas podem vir a influir.
Entre os eleitores que votaram em José Serra (PSDB) houve uma mudança significativa de opinião nos últimos sete dias.
Não por acaso, nesse período o presidente Fernando Henrique comandou uma operação pró-Pitta.
Há uma semana, a maior parte do eleitorado do tucano (44%) dizia que seu candidato deveria apoiar Erundina no segundo turno. Outros 33% preferiam Pitta.
Hoje, a situação se inverteu: 45% dizem que ele deveria apoiar Pitta e 40%, Erundina.
Também caiu, de 51% para 40%, o percentual de eleitores de Serra que previam que o tucano apoiaria Erundina.
Combinando com a pecha de indecisão que recai sobre o PSDB, a taxa de tucanos que não se arriscam a dizer quem Serra apoiará subiu de 15% para 22%.
Apesar da estabilidade de intenções de voto, outros dados da pesquisa indicam que não está nada fácil para Erundina reverter o atual quadro eleitoral. O principal: aumentou a expectativa de vitória de Pitta entre os eleitores.
Há uma semana, 71% apostavam na vitória do malufista. Hoje são 77%. Os que acreditam na eleição da petista, antes 21%, agora não passam de 16%.
Ou seja: menos da metade dos eleitores da petista crêem realmente que ela vencerá.
Como o percentual de indecisos continua desprezível (3%), só resta à petista tentar tirar votos de Pitta.
Com o apoio de boa parte dos tucanos tendendo cada vez mais ao malufista e parte dos petistas não acreditando que Erundina tem chances reais, a missão da candidata fica cada vez mais difícil.
Mas ainda lhe resta alguma esperança: ela oscilou positivamente na região que detém o maior contingente de eleitores da cidade, a zona leste, de 38% para 41%. E subiu nove pontos no centro, chegando a 47% (Pitta tem 32%).
Entretanto, o candidato de Maluf compensou esses movimentos com um crescimento de oito pontos percentuais na zona norte. É onde ele leva a maior vantagem sobre Erundina: 58% a 29%.

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