São Paulo, sábado, 12 de outubro de 1996
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Século 21

NELSON DE SÁ
DA REPORTAGEM LOCAL

Começou esta semana. Lula fez um esforço de publicidade, no Opinião Nacional, por exemplo, e aceitou a globalização. Saiu a usar expressões como fim de milênio, terceira onda, século 21.
Na Internet, na "web", o site de Luiza Erundina surgiu com um texto em primeira pessoa, atualizado para o segundo turno:
- A minha candidatura representa agora a união de todos os que têm como perspectiva uma cidade voltada para o futuro, o século 21.
Daí a Internet:
- Ela desempenha um papel fundamental para, cada vez mais, democratizar as informações e para formarmos uma rede em torno de uma cidade melhor.
Nos EUA, começou no debate de domingo. Foi quando Clinton lançou o slogan de fim de campanha, "ponte para o século 21". O debate dos vices, quarta, acentuou o discurso com Al Gore.
Dia seguinte, sempre com cobertura da CNN e das grandes redes, Clinton e Gore encenaram um infomercial voltado para o que o jornal "The New York Times" chamou de "imagética futurista".
Falaram em fim de milênio, em século 21, Internet. Uma frase de Clinton:
- Ela está se tornando a nossa praça central da cidade, mudando a forma como nós nos relacionamos, como ouvimos as notícias.
É coincidência, ainda que o coordenador de comunicação da campanha petista, Pedro Dallari, siga com atenção a campanha democrata.
E vale registrar a diferença de que o futurismo de Clinton tem o sentido de sublinhar a idade do adversário.
O de Erundina, o de sublinhar que os petistas não são contra o futuro.
*
Aliás, não são contra -não importa mais o quê.
O chá de Erundina com as senhoras dos Jardins, na Globo, foi a prova suprema.

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