São Paulo, sábado, 12 de outubro de 1996
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Salif Keita e Chico César se encontram em show no Free Jazz

CARLOS CALADO
ESPECIAL PARA A FOLHA

O choro deu o tom na abertura da segunda noite do Free Jazz paulista ontem, no Galpão Fábrica. Primeira atração da sala New Directions, o saxofonista carioca Zé Nogueira comandou uma deliciosa incursão pelo universo do choro e do samba instrumental.
Nogueira centrou a sua apresentação no repertório de "Disfarça e Chora", seu último disco, lançado no início do ano.
Tocando um sax soprano, abriu o concerto às 19h30, com o clássico "Chorinho Pra Você" (do maestro Severino Araújo, da Orquestra Tabajara).
Em sua banda, Nogueira contou com destacados músicos do cenário instrumental carioca: Ricardo Silveira (guitarra), presença constante no Free Jazz, Marcos Suzano (percussão) e Leandro Braga (piano), entre outros.
Choros como "Naquele Tempo" (de Pixinguinha), "Nostalgia" (de Jacob do Bandolim) e "Amphibious" (de Moacir Santos), dominaram o concerto, mas o saxofonista também abriu espaço para sambas como "Disfarça e Chora" (de Cartola), ou mesmo uma pérola da MPB como "Beatriz" (de Chico Buarque).
A ausência de boa parte da platéia, que aparentemente preferiu chegar mais tarde para o show do saxofonista norte-americano James Carter, acabou esfriando um pouco o show do carioca que se saiu bem melhor em sua apresentação no festival Chorando Alto, no último semestre, também em São Paulo.
Salif Keita
Salif Keita iniciou seu show no Main Stage às 21h30, com meia hora de atraso. O malinês, junto com uma banda eletrificada e duas vocalistas de apoio, abriu a apresentação com "Kuma". O cantor brasileiro Chico César também subiu ao palco, abraçou Keita e cantou com ele "África".

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