São Paulo, sábado, 12 de outubro de 1996
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Professor foi chanceler durante 'soberania'

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

José Ramos-Horta, 47, o porta-voz do principal líder pró-independência do Timor Leste, é um especialista em relações internacionais e foi o chanceler do "governo" durante a curta "independência" do Timor Leste, em 1975.
Ramos-Horta foi um dos fundadores da Frente Revolucionária do Timor Leste Independente (Fretilin), e hoje é um dos líderes do Conselho Nacional da Resistência Maubere (maubere é o nome nativo do povo do Timor Leste).
O professor universitário foi o ministro das Relações Exteriores do governo autoproclamado pela Fretilin no dia 28 de novembro de 1975, que durou até a invasão indonésia nove dias depois.
Nascido em Dili, a capital do Timor Leste, teve de sair de sua terra natal pela primeira vez em 1970, quando criticou o colonialismo da ditadura portuguesa.
Regressou mais tarde e trabalhou um curto tempo como jornalista, antes de ter de se exilar novamente com a invasão indonésia.
Em seguida, Ramos-Horta se instalou em Nova York, onde pregou, durante dez anos, uma solução pacífica para a situação na região, além de ter denunciado as ações do governo da Indonésia.
Foi depois para Sydney, na Austrália, para poder ficar mais próximo do Timor Leste.
Graduado em relações internacionais, hoje ele dirige um curso de direitos humanos na Universidade de Nova Gales do Sul.
É também porta-voz pessoal do presidente da Fretilin, Xanana Gusmão, que foi condenado pela Indonésia a 20 anos de prisão por encabeçar a luta contra a ocupação da região. Defende um referendo sobre o futuro do Timor Leste.

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