São Paulo, sábado, 12 de outubro de 1996
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Câmara e Senado

FERNANDO RODRIGUES

Brasília - As eleições para as presidências da Câmara e do Senado serão realizadas na primeira semana de fevereiro de 97. Até lá, é certo que o Congresso não fará quase nada de relevante. Já é certo que a emenda da reeleição ficará para fevereiro.
Ocupar a presidência de uma das duas Casas é uma espécie de feito supremo na vida do parlamentar. Não é à toa que existem sete concorrentes na Câmara e seis no Senado.
"Isso vai acabar sendo decidido só em cima da hora, na véspera", prevê José Sarney (PMDB-AP), o atual presidente do Senado. É grande a chance de estar certo.
Durante a disputa, uma das formas de acompanhar as articulações é pensar na formação de binômios -de candidatos e de partidos.
A primeira grande regra é que as presidências são sempre divididas entre os dois maiores partidos. É uma tradição para equilibrar as forças. Um fica com a Câmara. O outro, com o Senado.
Hoje é assim. O PMDB tem o Senado, com Sarney. O PFL tem a Câmara, com Luís Eduardo Magalhães.
Essa fórmula deve se repetir. PMDB e PFL ainda são os dois partidos com maiores bancadas no Congresso.
Se der PMDB no Senado, dará PFL na Câmara. E vice-versa.
Fica fácil de prever o que acontece na Câmara se o PMDB ganhar no Senado. O único pefelista com chances na Câmara é Inocêncio Oliveira (PE), e levaria o cargo com certeza.
O problema é que o Senado está complicado. O PMDB está esfacelado. Tem dois candidatos e nenhuma unidade. No PFL também há mais de um pretendente. Mas um deles atende pelo nome de Antonio Carlos Magalhães. Tudo indica que ACM tem as maiores chances de levar.
Dando o pefelista ACM no Senado, a Câmara terá de escolher um deputado do PMDB. Disputam a posição Michel Temer, Luiz Carlos Santos e Paes de Andrade. Só um deles pode levar.
Ninguém é favorito. Mas, é bom que conste, Luiz Carlos Santos parece ter a preferência de ACM.

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