São Paulo, domingo, 13 de outubro de 1996 |
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Reeleição é posta em 'banho-maria'
MARTA SALOMON
O saldo de uma semana de muita negociação é um novo cronograma, ajustado à conveniência dos políticos aliados: a emenda constitucional só passará pelo primeiro teste de votos em janeiro. O PPB -terceiro maior partido da base governista- só vai decidir se votará a favor ou contra a reeleição após o segundo turno das eleições, em 15 de novembro. O partido está dividido. Não sabe ainda se embarca na candidatura do prefeito Paulo Maluf ou se adere à reeleição de FHC. Poderá optar por uma terceira via: a defesa de plebiscito na convenção nacional prevista para dezembro. O compromisso de o PPB indicar seus seis representantes para o início formal do debate da reeleição até o final do mês foi selado depois que o ministro Luiz Carlos Santos (Assuntos Políticos), do PMDB, deu apoio à candidatura de Celso Pitta à Prefeitura de São Paulo. Luiz Carlos abraçou Maluf na segunda com aval de FHC. O apoio aos candidatos de partidos aliados ao Planalto foi estimulado pelo presidente em nota oficial. O Planalto investiu numa definição rápida do Congresso sobre a reeleição. O presidente da Câmara, Luís Eduardo Magalhães (PFL-BA), foi obrigado a adiar por duas semanas o início do debate. O senador Esperidião Amin (PPB-SC) resumiu assim o ocorrido: "Ameaçavam passar a reeleição com o trator governista, mas tiveram que desligar a máquina e foram tomar um guaraná". Texto Anterior: Calha Norte é "ressuscitado" Próximo Texto: Cláudia Liz sai do coma, abre os olhos e balbucia palavras Índice |
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