São Paulo, domingo, 13 de outubro de 1996 |
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'Mulher, negra e pobre sofre'
MAURICIO STYCER
"O meu maior problema não é ser mulher ou ser negra, mas pobre", diz a prefeita eleita pelo PT, que teve 9.941 votos, contra 4.674 do segundo colocado. Após um comício, Maria do Carmo diz ter recebido um bilhete, no qual se lia: "Lugar de negro é na África". Após ser ameaçada de morte, contratou um segurança. Solteira, Maria do Carmo, 42, precisou convencer os seus eleitores que era mentira a acusação de que já havia feito um aborto. Outro boato que marcou a campanha dizia que a candidata, se eleita, planejava fechar as igrejas evangélicas da cidade. Professora de 2º grau, Maria do Carmo acha boa a idéia de uma lei que obrigue os partidos a assegurarem a participação de mulheres nas chapas. Ela só não concorda com a cota de 20% estipulada pela lei. "Deveria ser igual." (MSy) Texto Anterior: 'Voto não é no travesti', diz eleito Próximo Texto: Francês 'fez' 2 prefeitos no Sul Índice |
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