São Paulo, domingo, 13 de outubro de 1996 |
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Italianos ensinam alta-costura na escola
FERNANDO ROSSETTI
Recém-inaugurada, essa escola é uma espécie de "cartão de visitas" do projeto. Ocupa um belo casarão restaurado no Pelourinho, centro histórico de Salvador. "Depois de passarem pelo Erê (que é onde os meninos e meninas são alfabetizados), eles podem ir para a empresa educativa", conta Augusto Perrone, um dos estilistas italianos, há três anos no projeto. Lá, há quatro frentes principais de trabalho: o Modaxé, de costura industrial ("não é um curso de corte e costura qualquer"); o Estampaxé, que ensina técnicas de serigrafia; o Opaxé, uma oficina de produtos com papel reciclado; e a Casaxé, onde são produzidos materiais de decoração. "A gente acredita que é preciso dar o referencial mais alto possível para os meninos, porque eles já são pobres", diz Augusto. Polêmica Essa idéia não foi muito bem aceita no início. Quando Augusto e seu parceiro, Nicola Civinini, realizaram o primeiro desfile, com as roupas produzidas na empresa educativa, causaram grande polêmica entre alguns colegas do Axé. "O pessoal dizia que era coisa de burguês." Mas o programa deu tanta repercussão externa e motivou de tal forma os meninos que teve continuidade. Hoje, o desafio da empresa educativa é conseguir se auto-sustentar. Já tem uma loja no Pelourinho, onde são vendidos produtos do Modaxé produzidos pela empresa e pretende abrir mais quatro até o final do ano. Texto Anterior: Centro divulga metodologia Próximo Texto: Família dos meninos vira foco de atenção Índice |
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