São Paulo, domingo, 13 de outubro de 1996 |
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Hyundai promete decisão
ARTHUR PEREIRA FILHO
O anúncio inicial foi feito em agosto de 95, durante viagem à Coréia da então ministra da Indústria e Comércio, Dorothea Werneck. Em novembro, os planos da montadora chegaram a ser suspensos, por causa da "indefinição das regras", segundo Emílio Julianelli, diretor da Hyundai do Brasil. Mas agora a decisão sai, diz Julianelli. "Até meados de dezembro será divulgado o local da fábrica", afirma. São Paulo e Minas são os candidatos. A Hyundai pretende investir US$ 700 milhões, em duas etapas, para construir uma unidade com capacidade para 100 mil veículos por ano. Vai fabricar automóveis e utilitários. O primeiro modelo a sair de linha, em 99, pode ser a nova versão do Accent, o carro compacto da montadora. Fim dos estudos Segundo Julianelli, a "etapa de prospecções" está encerrada. Um grupo de nove executivos da Hyundai esteve no Brasil em setembro. Foram feitos contatos com os governadores Mário Covas (São Paulo) e Eduardo Azeredo (Minas) e com os ministros Francisco Dornelles (Indústria e Comércio) e Antonio Kandir (Planejamento). A Hyundai ainda não aderiu ao regime automotivo brasileiro. Durante todo o ano teve de importar carros pagando alíquota de 70%. Em setembro, a marca foi incluída na cota de 50 mil veículos que serão importados com alíquota de 35% nos próximos 12 meses. "A criação das cotas dá um impulso à marca e permite fazer planejamento", diz Julianelli. A Hyundai pretende fazer o acordo com o governo dentro das regras atuais. Ao contrário da Asia Motors, a Hyundai não tem planos para se instalar no Nordeste. Portanto, o anúncio da fábrica não depende da edição de uma nova MP. A empresa ainda procura parceiros para completar o valor do investimento. A Hyundai entra com 50%, mas quer sócios brasileiros para integralizar o capital. Julianelli diz ser possível que os coreanos aumentem sua participação. As montadoras coreanas detêm 38,23% da fatia de mercado dos importadores sem fábricas no país. As quatro marcas da Coréia presentes no Brasil -Asia, Hyundai, Kia e Daewoo- venderam 19.620 veículos de janeiro a agosto deste ano. (APF) Texto Anterior: Coreano ganha com promessa de investir Próximo Texto: Agricultura, vítima dos ventríloquos Índice |
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