São Paulo, segunda-feira, 14 de outubro de 1996 |
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Tecnologia; Novas empresas
CLÁUDIA PIRES
A reciclagem de latas de alumínio também tem se mostrado um negócio promissor no Brasil. Atualmente, o mercado movimenta US$ 70 milhões/ano. Segundo levantamento da Comissão de Reciclagem da Abal, o índice de reciclagem de latas de alumínio no país -ou seja, de latas que voltaram a ser latas- passou de 40,4% em 1989 a 63% em 95. Em 96, a reciclagem deve atingir cerca de 70%. "Isso é mais do que os níveis de países como os EUA e o Japão", afirma José Roberto Giosa, coordenador da comissão. Em termos de volume reciclado, a evolução também é grande: em 1989, o país possuía um total de 767 toneladas de latinhas disponíveis para reciclagem, número que subiu para 49 mil toneladas em 95. Tecnologia O crescimento do mercado tem atraído investimentos estrangeiros para o setor e gerado desenvolvimento de novos projetos. A Latasa, por exemplo, prevê investimentos de US$ 4 milhões na área em 97. A empresa é conhecida por desenvolver programas de coleta de latas em cidades brasileiras. O calcanhar de aquiles do setor, no entanto, é a tecnologia do processo de reciclagem, considerado ultrapassado. O Brasil aproveita 70% do total de material que recicla enquanto outros países, como os EUA, aproveitam 90%. Outro gargalo é a poluição ambiental que ainda atinge níveis considerados altos pelos padrões de qualidade internacionais. "Desenvolver processos mais modernos ainda é muito caro. Mas estamos caminhando para isso." Novas empresas Uma das empresas que entra na área de reciclagem a partir de 97 é a Recipar. Ela está investindo US$ 22 milhões na construção de uma fábrica de reciclagem de alumínio em Pindamonhangaba, no interior de São Paulo. A fábrica entra em operação em janeiro e até agosto do próximo ano estará reciclando 40 mil toneladas de latas/ano. Segundo Ary de Oliveira Filho, sócio-gerente da empresa, a Recipar estará operando na produção de lingotes de alumínio e de metal líquido respeitando os padrões internacionais de pureza e baixa poluição ambiental. A Crow Cork, a Latapack-Ball e a ANC também garantem que, dentro de pouco tempo, devem implantar programas de reciclagem em suas fábricas. (CP) Texto Anterior: Qualidade vai definir quem fica no país Próximo Texto: A quatro mãos (12) Índice |
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