São Paulo, segunda-feira, 14 de outubro de 1996
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Concorrência leva a mais investimentos em design

CÉLIA DE GOUVÊA FRANCO
DA REPORTAGEM LOCAL

Uma pesquisa recente feita junto a consumidores mostrou que, quando se pedia para comparar os produtos da marca Cica com uma lista de celebridades, a maioria indicava Luisa Brunet. Quando a comparação era com os produtos Peixe, o mais lembrado era o senador José Sarney.
Esse dado explica a decisão da Peixe, uma das marcas de alimentos mais tradicionais no país, de tentar rejuvenescer sua imagem. Uma das medidas foi de mudar as embalagens dos produtos.
"Manter a tradição do nome Peixe era importante, mas havia espaço para tornar as embalagens mais modernas. Além disso, a empresa queria embalagens que tornassem mais fácil para o consumidor identificar o fabricante", diz Mauricio Queiroz, 34, diretor da Usyna, agência contratada por US$ 800 mil para criar a nova linha de embalagens da Peixe.
Como a Peixe, muitas outras empresas, em geral de médio e grande porte, estão investindo em novas embalagens para seus produtos, em parte como decorrência do aumento da concorrência, com a abertura comercial do país.
No ponto-de-venda
"Agora, o produto brasileiro está colocando nas prateleiras das lojas e dos supermercados ao lado de produtos estrangeiros. Os consumidores estão muito mais exigentes", explica Luiz Roberto Farina, 44, diretor da Benchmark, empresa de design do grupo SM.
Além disso, Farina diz que empresas estão investindo na criação de produtos com um design próprio para serem colocados em ponto-de-venda, para mostrar de imediato ao consumidor o que pode ser encontrado.
É o caso, por exemplo, de displays em neon colocados em restaurantes e bares sofisticados onde são vendidas determinadas linhas de cervejas.

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