São Paulo, segunda-feira, 14 de outubro de 1996
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Incognito e James Taylor Quartet fazem shows com pouco impacto

RENATO LOPES

RENATO LOPES; EVA JOORY
ESPECIAL PARA A FOLHA

EVA JOORY
Os shows de dois expoentes do acid jazz, James Taylor e Incognito, sexta-feira à noite no espaço Groove, não tiveram o impacto esperado.
A acústica da sala não ajudou, resultado de uma má equalização sonora. O principal prejudicado foi a banda inglesa Incognito, que, além dos 13 integrantes, tem na voz de Pamela Anderson o seu melhor atributo. Dela pouco se ouviu.
O James Taylor Quartet fez uma apresentação de timing certo. Com 45 minutos de performance, todas as músicas movimentaram a parcela mais jovem do público.
Os improvisos de baixo, percussão, metais e, claro, James Taylor no orgão Hammond -verdadeira relíquia dos anos 60-, foram contagiantes.
Valeu ainda a introdução de "Groove's in the Heart", hit do Deee-Lite. A atmosfera da apresentação foi completada por duas dançarinas no melhor estilo funk.
Incognito
Apesar de pertencer à vertente mais dance do acid jazz, o Incognito é um grupo que, mesmo com arranjos sofisticados, foi melhor sem os improvisos dos músicos.
Espalharam ao longo da apresentação os hits mais agitados como "Don't You Worry 'bout a Thing", "Roots" e "Always There" -este o maior hit da banda-, mas que ficaram enfraquecidos pela inclusão de inúmeras baladas mornas.
O líder da banda, "Bluey", vestido com a camiseta da seleção brasileira, fez questão de demonstrar sua paixão pela MPB, com pequenas inserções abrasileiradas entre uma música e outra.
No geral, valeu pelo bis, com a belíssima "Pick Up the Pieces", clássico do soul funk dos anos 70, do Average White Band.

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