São Paulo, segunda-feira, 14 de outubro de 1996
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Estudo disseca neo-realismo

JOSÉ GERALDO COUTO
ESPECIAL PARA A FOLHA

Poucas tendências cinematográficas tiveram uma influência tão profunda e duradoura quanto o neo-realismo, movimento que surgiu na caótica Itália do imediato pós-guerra visando captar sem retoque a vida do homem comum.
"O Neo-Realismo Cinematográfico Italiano", de Mariarosaria Fabris, publicado pela Edusp, dá conta de todos os aspectos importantes relacionados com o movimento, que produziu clássicos como "Roma, Cidade Aberta" e "Ladrões de Bicicleta".
Com riqueza de informações e sem nenhum pedantismo, o livro situa o neo-realismo no contexto da história italiana, mapeia as influências de precursores, disseca cada uma das características estéticas do movimento, aponta a herança do movimento na cinematografia mais recente e ainda comenta a recepção crítica do cinema neo-realista ao longo das décadas.
No fim das contas, o que este precioso estudo comprova é que o neo-realismo, a despeito de suas inumeráveis diferenças internas, continua sendo um ponto de referência incontornável para o cinema social italiano e mundial.
O livro poderia ter ficado mais completo se contasse com uma filmografia básica e índice remissivo. A autora publicou há dois anos o interessante ensaio "Nelson Pereira dos Santos: Um Olhar Neo-Realista?" (Edusp).
(JGC)

Livro: O Neo-Realismo Cinematográfico Italiano
Autora: Mariarosaria Fabris

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