São Paulo, terça-feira, 15 de outubro de 1996 |
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ACM enfrenta a resistência do próprio PFL para presidir Senado
RAQUEL ULHÔA
Considerado uma das lideranças mais fortes do PFL, ACM não tem a unanimidade da bancada pefelista para disputar a sucessão do atual presidente, José Sarney (PMDB-AP), em fevereiro de 1997. Entre os 22 senadores do partido, há outros três candidatos ao cargo, inclusive o líder da bancada, Hugo Napoleão (PI). Boa parte dos senadores -do próprio PFL e de outros partidos- teme que, eleito presidente, ACM retome o estilo considerado truculento que marcou o início de seu mandato. Ele bateu boca com vários colegas, chamou Pedro Simon (PMDB-RS) de "maluco" e quase trocou socos com Ney Suassuna (PMDB-PB) em plenário. Napoleão mantém sua candidatura de forma discreta, apostando nas dificuldades que ACM deve encontrar pelo caminho. Esse também é o raciocínio dos aliados do líder do governo, Elcio Alvares (ES), candidato que teria o apoio do Planalto e do PSDB, segundo senadores ligados a FHC. Outro pefelista também vem manifestando a amigos a intenção de disputar a presidência do Senado: o primeiro-secretário da Mesa Diretora, Odacir Soares (RO). ACM disse ontem que terá apoio do seu partido. Quando foi perguntado sobre a falta de unidade em torno de sua candidatura, respondeu: "Vai haver". Por enquanto, ele tem se preocupado mais em aumentar o número de senadores do PFL. O partido tem a segunda maior bancada do Senado, com 22 parlamentares, atrás do PMDB (24). Tradicionalmente, o partido com a maior bancada indica o presidente. Texto Anterior: PPB tenta evitar racha sobre a reeleição Próximo Texto: Presidente diz que Estado não foi feito para atender aos pobres Índice |
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