São Paulo, terça-feira, 15 de outubro de 1996
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Secretário aponta 'sabotagem'

DA REPORTAGEM LOCAL

O secretário Cláudio de Senna Frederico afirmou que o quebra-quebra foi provocado por uma "sabotagem" de operadores e maquinistas da CPTM.
Segundo Frederico, esses funcionários pertencem ao Movimento de Defesa dos Direitos dos Ferroviários, que entrou na Justiça contra o acordo coletivo fechado entre a CPTM e o Sindicato dos Ferroviários.
"Esses funcionários foram irresponsáveis e serão investigados e punidos" declarou o secretário.
O operador Mario Júlio, um dos coordenadores da movimento, disse que "trens avariados" foram os causadores da tragédia.
"A responsabilidade é da CPTM, que colocou na linha trens sem condições de segurança."
Mario Júlio disse que o objetivo da operação é cumprir os regulamentos de segurança da CPTM para evitar acidentes.
Por isso, os operadores estariam impedindo os trens de circularem com portas abertas e transportando pingentes. As composições que apresentam problemas como goteiras, falta de iluminação e ausência de extintores estão sendo retirados de circulação.
O movimento, que reúne operadores e maquinistas, faz oposição ao sindicato, comandado por funcionários administrativos, e é ligado ao Sindicato dos Metroviários, da CUT. Já o sindicato, presidido pelo ex-deputado Mendes Botelho (PTB), se diz independente, mas teria afinidades com a Força Sindical.

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