São Paulo, quarta-feira, 16 de outubro de 1996
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1969

MAURICIO STYCER
DA REPORTAGEM LOCAL

"Fiquei fascinada. Minha fé no sobrenatural, no divino, se reforçou com aquilo", diz Luiza Erundina sobre o feito do astronauta Neil Armstrong.
Em 1969, Erundina estava em São Paulo, cursando o mestrado em ciências sociais na Fundação de Sociologia e Política.
"Me senti promovida como ser humano. Pensei: 'Que coisa fantástica a capacidade do homem'. Ao mesmo tempo, entendia que a origem de tudo isso é Deus. Deus é tão fantástico que é capaz de dar ao homem esse poder (de andar na Lua)".
Em plena Guerra Fria, o sucesso dos norte-americanos em relação aos soviéticos na chamada corrida espacial chegou a ser visto com desconfiança por muitos militantes de esquerda.
"Me lembro do impacto que foi. Da dúvida de muitas pessoas, que se perguntavam se aquilo não era inventado, se não era uma armação americana".
Apesar de sua militância de esquerda, Erundina afirma que não compartilhava da desconfiança de seus companheiros. "Minha reação foi de fascínio."
A candidata também se recorda do espanto provocado em pessoas humildes pela imagem de um homem andando na Lua.
"Pessoas mais simples, com uma formação religiosa, diziam: 'Isso não é verdade. Deus não permitiria isso, que o homem chegue na Lua'."
(MSy)

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