São Paulo, quarta-feira, 16 de outubro de 1996
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Eleição municipal vai provocar renovação das bancadas na Câmara

VIVALDO DE SOUSA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A Câmara dos Deputados deve ter pelo menos 36 novos deputados no próximo ano. São os suplentes que tomarão posse em janeiro, no lugar dos parlamentares que foram ou serão eleitos prefeito, vice-prefeito ou vereador.
Desse total de suplentes, 33 obtiveram seus mandatos com a vitória de deputados federais nas eleições municipais.
Outros 6 deputados disputam cargos de prefeito ou vice-prefeito no segundo turno. Como eles disputam entre si em três cidades, só 3 serão eleitos.
A renovação será maior se mais 11 dos deputados que disputam o segundo turno forem eleitos. Apenas 14 dos 17 que participam do segundo turno podem ser eleitos (6 concorrem nas mesmas cidades).
Se outros 14 deputados federais forem eleitos prefeitos ou vice-prefeitos, a renovação na Câmara, a partir de janeiro, chegará a 47 nomes. Isso representaria 9,16% do total de 513 deputados.
Esse levantamento foi feito pelo Diap (Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar), com base nos 117 deputados federais e 4 senadores que disputaram o primeiro turno da eleição.
Segundo o Diap, só 28,21% dos deputados que disputaram em 3 de outubro tiveram sucesso: 27 deles foram eleitos prefeitos no primeiro turno, 2 tornaram-se vereadores e 4 tornaram-se vice-prefeitos.
O resultado do primeiro turno entre os parlamentares eleitos mostra que o PT e o PMDB vão aumentar suas bancadas.
No PMDB, 5 deputados foram eleitos em 3 de outubro e, por isso, deixarão o Congresso, mas outros 8 suplentes do partido tomarão posse. Isso ocorre porque o suplente que toma posse nem sempre é do mesmo partido de quem sai. O PT elegeu 4 no primeiro turno e já garantiu a posse de 6 na Câmara.
PPB e PSDB levaram desvantagem -6 deputados do PPB foram eleitos no primeiro turno, mas somente 4 suplentes do partido tomam posse em janeiro. No caso do PSDB, o partido elegeu 7 deputados em 3 de outubro e ganha apenas 6 vagas no Congresso com a posse dos suplentes.
A situação dos senadores que disputaram cargos na eleição de 3 de outubro foi bem pior do que a dos deputados -4 senadores tentaram se eleger prefeito e todos eles foram derrotados já no primeiro turno.

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