São Paulo, quarta-feira, 16 de outubro de 1996 |
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Collor quer tentar a Presidência em 98 Ex-presidente espera ser anistiado ANDRÉA DE LIMA
"Vai depender da decisão do Congresso de me restituir os direitos políticos para que eu possa preparar minha campanha", disse Collor em Miami (EUA), onde está morando, referindo-se a um projeto que anistia políticos cassados. Acusado, entre outras coisas, de envolvimento no esquema de corrupção chefiado pelo seu tesoureiro de campanha, Paulo César Farias, Collor reivindicou o direito de ser julgado pela população. "O Senado me suspendeu os direitos políticos. Agora, falta o povo fazer seu julgamento. Isso só poderá ser feito por meio de uma eleição e espero que esse momento chegue o quanto antes", afirmou. O ex-presidente sofreu impeachment no final de 1992, mesmo tendo renunciado no dia da sessão do Congresso que o afastou. Ele teve seus direitos políticos cassados até o final do ano 2000. A apresentadora do telejornal da CNN, Patricia Janiot, afirmou que, depois do processo de impeachment, a Justiça "recusou cada acusação apresentada" contra o ex-presidente. Sofrimento Collor justifica sua candidatura em 98 como sendo chegado o momento de dar "uma compensação social ao enorme sofrimento que a gente brasileira agora sofre, à mercê de um programa que se pôs em prática pelo atual governo, muito forte e dramático, sobretudo para a classe média". Para Collor, "a reeleição deveria ser aprovada, mas para o próximo presidente". Sobre o presidente Fernando Henrique Cardoso, disse que "não seria um oponente muito forte". "Acostumei-me a disputar eleições com o que havia de mais poderoso na época em que fui eleito", disse Collor. Texto Anterior: Presidente se sai bem na TV Próximo Texto: Collor quer tentar a Presidência em 98 Índice |
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