São Paulo, quarta-feira, 16 de outubro de 1996 |
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63% rejeitam ter filho presidente
CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
O estudo mostra que 63% dos entrevistados preferem que seus filhos desempenhem qualquer outra atividade profissional em vez da Presidência. Os entrevistados foram colocados diante de diversas opções, como: "Você quer que seu filho seja professor ou presidente? Médico ou presidente?". A hipótese de professor venceu a de presidente por 77% a 18%. A de médico teve a preferência de 76% contra 16%. Carpinteiro ganhou de presidente por 61% a 33%, e atleta profissional, por 55% a 37%. A única atividade que perdeu para a de presidente na preferência dos pais foi a de artista de cinema. A pesquisa demonstra o contínuo desencanto do público norte-americano com seu sistema político, notado pelo menos a partir do final dos anos 60. A desilusão, em especial com a instituição da Presidência, aumentou depois do escândalo de Watergate, que em 1974 forçou o presidente Richard Nixon à renúncia. Embora não haja pesquisas similares realizadas antes para se permitir a comparação científica, é certo que, nas décadas de 30, 40 e 50, a maioria absoluta dos pais nos EUA via a possibilidade de um filho seu se tornar presidente com uma atitude de bastante positiva. Padrões morais Nos últimos 25 anos, a imagem pública do presidente se desgastou e passou a ser associada a padrões morais condenados pela maioria. Outra pesquisa, do Instituto Gallup, por exemplo, mostra que apenas 47% dos entrevistados acham que o presidente Bill Clinton é uma pessoa honesta (48% dizem que ele não é honesto). Mas, para 55%, ele é honesto o suficiente para exercer a Presidência (37% discordam). (CELS) Texto Anterior: Bob Dole promete atacar Clinton em debate final Próximo Texto: Nação do Islã faz hoje nos EUA ato pela paz Índice |
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