São Paulo, quarta-feira, 16 de outubro de 1996
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Nação do Islã faz hoje nos EUA ato pela paz

Organizadores esperam 100 mil pessoas

CLÁUDIA TREVISAN
DE NOVA YORK

O público que comparecerá hoje à praça da ONU (Organização das Nações Unidas) para participar do Dia Mundial de Reparação será bem diferente do que esteve na Marcha de 1 Milhão de Homens, há um ano.
Convocado por Louis Farrakhan, o líder negro da Nação do Islã, o ato de hoje é dirigido às famílias e não apenas aos homens, como foi a marcha.
Na marcha, em Washington, Farrakhan discursou sobre a necessidade de os homens negros terem responsabilidade em relação a suas famílias e buscarem independência econômica. Agora, ele falará da necessidade de paz mundial.
Os dirigentes da Nação do Islã afirmam que não têm a intenção de repetir hoje a marcha que ocupou o gramado em frente ao Congresso dos Estados Unidos, na capital norte-americana.
Os organizadores dizem esperar cerca de 100 mil pessoas.
Farrakhan também pede a seus seguidores que façam hoje uma espécie de "greve" e deixem de desenvolver suas atividades usuais.
Apesar de ser uma organização com forte caráter religioso, a Nação do Islã não convoca apenas muçulmanos para comparecer às manifestações.
A marcha do ano passado, por exemplo, teve muito mais o caráter de um ato por direitos dos negros norte-americanos do que uma celebração religiosa.
Vários especialistas avaliam que a grande maioria dos presentes não era seguidora da Nação do Islã. Eles estavam na marcha atraídos pelo discurso de respeito próprio e independência econômica propagado por Farrakhan.
A manifestação de hoje começa às 10h30 e deve terminar às 16h. Entre os oradores, está Winnie Mandela, ex-mulher do presidente sul-africano, Nelson Mandela.
Farrakhan deve ser um dos últimos a discursar.
A manifestação será transmitida via satélite para países da América Latina, Caribe, África, Europa e Oriente Médio.

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