São Paulo, sexta-feira, 18 de outubro de 1996
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PFL quer reeleição, mas rejeita reforma

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O projeto de reeleição do presidente Fernando Henrique Cardoso ganhou um novo lema, criado pelos defensores da tese: quanto mais simples (a proposta de mudança na Constituição), melhor.
"O negócio agora é garantir a aprovação da reeleição", resumiu o líder do PFL, Inocêncio Oliveira (PE), depois de uma reunião com o presidente da Câmara, Luís Eduardo Magalhães (PFL-BA), e o futuro relator do projeto, deputado José Múcio (PE).
O relator está disposto a barrar qualquer dispositivo extra à emenda da reeleição, que garante ao presidente, aos governadores e prefeitos a possibilidade de disputar um segundo mandato sem que eles precisem se licenciar do cargo.
Os aliados governistas querem evitar entrar na discussão da reforma política, considerada polêmica, que trata de temas como voto distrital, voto facultativo e a fidelidade partidária. Insistem em rejeitar a proposta de um plebiscito.
Para tornar mais simples a emenda da reeleição, o relator desistiu até de uma proposta à qual era simpático: a garantia de um mandato no Senado (sem direito a voto) aos ex-presidentes da República. A proposta já foi defendida por FHC no ano passado.
No encontro de ontem, foi confirmada a data da instalação da comissão especial da Câmara que vai dar início ao debate da reeleição: dia 29 de outubro. O PFL escalou sete representantes comprometidos com a missão de tentar garantir mais quatro anos para FHC.
Além do autor da emenda da reeleição, deputado Mendonça Filho (PE), e de José Múcio, foram indicados Álvaro Gaudêncio (PB), Vic Pires Franco (PA), Corauci Sobrinho (SP), Félix Mendonça (BA) e Rodrigues Palma (MT). Os dois últimos são do PTB.
Malan
O ministro da Fazenda, Pedro Malan, disse ontem em Salvador que o governo não vai fazer qualquer tipo de barganha para conseguir aprovar o projeto de reeleição: "O presidente f

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