São Paulo, sexta-feira, 18 de outubro de 1996
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Codesp diz que pagamento aos demitidos não será imediato

Trabalhadores promovem greve de 24 horas hoje

FAUSTO SIQUEIRA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SANTOS

O diretor-presidente da Codesp, Marcelo de Azeredo, disse ontem que o pagamento da indenização aos 2.573 trabalhadores a serem demitidos no porto de Santos (SP) não deverá ser imediato.
"A preocupação não é o pagamento imediato, mas o compromisso de pagar", disse Azeredo.
A Codesp (Companhia Docas do Estado de São Paulo, estatal administradora do porto) estima em R$ 57 milhões o custo para demitir os 2.573 empregados, que representam 48,1% do total de funcionários da empresa.
"Não é fácil levantar R$ 57 milhões de uma hora para outra", afirmou o diretor-presidente.
Segundo Azeredo, o Ministério dos Transportes tenta obter os recursos para financiar as demissões no Banco Mundial e no BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).
O presidente do Sindicato dos Empregados na Administração Portuária, Jurandir França da Hora, disse que os trabalhadores não aceitarão a demissão sem pagamento imediato.
Os empregados do setor administrativo do porto marcaram para hoje uma greve de 24 horas. Se a greve acontecer, Santos somente conseguirá realizar operações automatizadas.
A paralisação foi decidida antes do anúncio das demissões.

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