São Paulo, sexta-feira, 18 de outubro de 1996 |
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Maestro tem rigor matemático
DA REPORTAGEM LOCAL Foi Boulez, e não um maestro alemão, quem dirigiu em 1966, em Bayreuth, a versão do centenário da "Tetralogia", de Richard Wagner. Naquele mesmo ano, foi ele quem regeu o primeiro concerto do Ensemble Intercontemporain, formado em Paris por 30 instrumentistas abertos à experimentação contemporânea.Em 1954, foi também Boulez quem criou a série de concertos Domaine Musical, que chacoalhou o repertório de uma França que ainda acreditava nada existir de novo além de Igor Stravinski. Regente das orquestras de Stuttgart, da Sinfônica da BBC e da Filarmônica de Nova York, foi também ele quem passou a encarar as partituras sinfônicas como imensas fórmulas matemáticas, nas quais era preciso reinterpretar, com rigor, a noção de tempo. Ele não é casado e não tem filhos. Dedica-se integralmente à música. Texto Anterior: "Mundo musical é como auto-estrada" Próximo Texto: Robertson também rege em SP Índice |
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