São Paulo, sábado, 19 de outubro de 1996
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Faixa à moda Novos Baianos se destaca

PEDRO ALEXANDRE SANCHES
DA REDAÇÃO

Em " Estados", Moraes Moreira atira para todos os lados no anseio da integração. Em nenhum momento, porém, atinge o grau de integração e universalidade que os Novos Baianos alcançaram nos anos 70.
O esforço integrador de Moraes resulta honesto, legítimo, em forrós, cirandas, toadas, trios elétricos.
Mas derrapa em algumas tentativas. O jungle " Aroldo Jungle" e o mangue beat "Caranguejo Dance" fazem alvoroço modernizante e acabam nos velhos frevo e maracatu. Parecem Moraes fantasiado, e a fantasia não combina muito.
Por outra, derrapa na equiparação à estéril e nada moderna axé music, homenageada em "Praça dos Independentes" -a cultura Novos Baianos nada tem a ver com a pasteurização axé, e Moraes só tem a perder em se reduzir a ela.
Mas Novos Baianos ainda parecem uma preocupação central de Moraes. Isso se torna claro na faixa "Felicidade no Ar", dele e de Galvão, que o próprio Moraes reconhece ser decalcada do clássico "Preta Pretinha" (72). É a grande faixa do disco, prova de que Novos Baianos ainda dão um caldo.
(PAS)

Texto Anterior: Moraes Moreira persegue a integração
Próximo Texto: Wynton Marsalis é tema de especial
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.