São Paulo, sábado, 19 de outubro de 1996
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Economia é o principal desafio

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O 39º presidente nicaraguense vai se deparar com um país razoavelmente pacífico no plano político, mas com indicadores sociais catastróficos: 70% da população vive abaixo da linha de pobreza; o desemprego é de 53%; o analfabetismo é de cerca de 30%; e o déficit da balança comercial no ano passado foi de aproximadamente US$ 450 milhões (quase um sexto do PIB nacional).
A inflação, entretanto, está no civilizado patamar de 11,12% ao ano, e o país cresceu mais de 5% no ano passado -o que não se refletiu na qualidade de vida dos mais pobres.
Alemán atribuiu a crise ao governo Ortega e promete criar até 500 mil empregos -cifra considerada impossível para um país do tamanho da Nicarágua. O tema do emprego foi constante também na campanha sandinista.
Vitória da oposição
Os dois candidatos são oposição à atual presidente, Violeta Chamorro, mas em uma visita a ela nesta semana Alemán pediu votos.
Chamorro, 67 anos completados ontem, não revela quem vai escolher entre os 23 candidatos -dos quais 21 sem chances de vitória, mas que juntos somam cerca de 20% dos votos.
No campo político, existem ainda as feridas da luta entre somozistas e sandinistas. Ortega identifica seu adversário como simpatizante do regime da família Somoza. Alemán diz que era muito jovem, mas admite que seu pai e seu irmão participaram da ditadura.

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