São Paulo, domingo, 20 de outubro de 1996 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Parlamentares são contra a consulta 59% rejeitam a realização do plebiscito FERNANDO RODRIGUES
A oposição é maior no Senado (66%) que na Câmara (58%). A tese só obtém maioria junto à oposição: 64% da bancada do PT e 63% da do PDT. Mesmo no PPB, partido de Paulo Maluf, prefeito paulistano e um dos maiores defensores do plebiscito, só 35% são a favor da consulta popular. A maioria (53%) quer decidir o assunto no Congresso. Isso praticamente sepulta a hipótese de haver um plebiscito. Para isso seria necessário que Câmara e Senado aprovassem um decreto-legislativo. Os deputados (29%) e os senadores (22%) favoráveis ao plebiscito não seriam suficientes, hoje, para aprovar esse decreto. Outras reformas Um dos resultados mais interessantes da pesquisa é quanto à prioridade das votações. Para 68% dos congressistas, é mais importante votar, antes da reeleição, as reformas constitucionais que estão emperradas. Só para 5% dos parlamentares seria melhor votar primeiro a reeleição. E 17% aceitam discutir todas as reformas de uma vez. O resultado é curioso porque há várias reformas que poderiam ser votadas no Congresso já. Mas isso não ocorre. A pesquisa publicada hoje demonstra que poderia ter sido mais fácil para FHC se ele tivesse encaminhado a reeleição ao Congresso no ano passado. Pesquisa semelhante realizada em fevereiro e março de 95 revelou que 49% dos congressistas eram a favor do direito à reeleição já para FHC. Hoje, o percentual é de 39%. O ministro Sérgio Motta (Comunicações) era favorável a votar a reeleição em 95. Foi voto vencido. Hoje, o Datafolha mostra que ele estava certo. (FR) Texto Anterior: Congresso pode não seguir plebiscito Próximo Texto: País pararia, avalia ministro Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |