São Paulo, domingo, 20 de outubro de 1996
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Obra social justifica, diz ex-secretário

EMANUEL NERI
DA REPORTAGEM LOCAL

Secretário da Administração do governo de Luiza Erundina, Sérgio Renault diz que obras de caráter social feitas naquela gestão obrigaram o governo a fazer novas contratações. Para o PT, empregos como esses não podem ser classificados como os do tipo que "incham a máquina" administrativa.
Segundo Renault, as contratações tinham como objetivo as 70 novas unidades de saúde implantadas naquele período, incluindo seis hospitais de grande e médio portes. Erundina contratou 17 mil funcionários só na área de saúde.
Foram contratados médicos, enfermeiros e auxiliares de enfermagem para novos hospitais. Mas também houve necessidade, segundo o PT, de contratar psicólogos, terapeutas ocupacionais e assistentes sociais para novas unidades da área de saúde mental.
Necessidade social
Depois da área de saúde, segundo o ex-secretário, as contratações de Erundina se concentraram nas áreas das Secretarias da Educação e do Bem-Estar Social, que cuida das creches municipais.
"Nunca ninguém criou tantos novos equipamentos como na gestão de Erundina", diz Renault. "Houve necessidade de mais mão-de-obra para os setores sociais. Por isso, houve esse acréscimo no número de funcionários."
Renault também atribui o aumento de servidores a uma exigência legal. Segundo ele, a Constituição de 1988 obrigou a efetivação de funcionários que prestavam serviços fixos à prefeitura, mas que ainda não haviam sido contratados. Trabalhavam no município desde administrações anteriores.
Novos concursos
"Fomos obrigados a realizar concursos públicos para poder absorver esse pessoal que já trabalhava na prefeitura", afirma. Segundo Renault, mais de 10 mil servidores foram contratados nessas condições nos quatro anos administrados por Erundina.
Boletim divulgado pelo PT refere-se às diferenças no gasto de pessoal entre as gestões Erundina e Maluf. Para o PT, Maluf pôs em prática uma "política de redução dos gastos com pessoal através do arrocho salarial e da redução do número de funcionários".

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