São Paulo, domingo, 20 de outubro de 1996 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Governo Maluf aponta "excessos" petistas
EMANUEL NERI
"Quando iniciamos o governo, a máquina administrativa estava bastante inchada." Ao longo dos últimos quatro anos, segundo Romano, a prefeitura optou por não repor as vagas de pessoas que se aposentaram, morreram ou foram exoneradas. Mas ele diz que a máquina continua inchada. "O número ideal é de 90 a 100 mil, no máximo." Para Romano, houve "incompetência no funcionamento da máquina" na gestão Erundina. "Hoje, com bem menos funcionários, a máquina está funcionando até melhor. Isso comprova que havia inchaço e incompetência." Arrocho salarial Romano também rechaça a versão do PT de que a diminuição registrada atualmente nos gastos com pessoal é fruto do arrocho salarial da administração Maluf. "Durante toda a administração, não tivemos nenhuma greve por questões de salário. Então o PT não pode dizer que há arrocho salarial", diz o secretário. "Arrocho salarial existia na administração do PT", afirma. Segundo ele, ninguém na prefeitura ganha hoje salário inferior a R$ 380 por mês -piso mínimo de R$ 220 mais R$ 100 de vale-refeição e R$ 60 de abono. Outro motivo, segundo ele, foi a alteração da lei que atrelava essa despesas a, no mínimo, 47% do total da receita. Estabilidade econômica Para ele, o sistema anterior se justificava pelo efeito do processo inflacionário no salário do servidor. A estabilidade econômica criada com o Plano Real, segundo Romano, obrigou o governo a mudar o sistema de reajustes. Isso não impede, segundo o secretário, que a prefeitura conceda reajustes aos servidores. "Se a despesa com pessoal não ultrapassar 40%, o gatilho é automaticamente disparado para que seja reposta a inflação do último quadrimestre." (EN) Texto Anterior: Obra social justifica, diz ex-secretário Próximo Texto: Produtora de filho de Maluf 'abastece' TV Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |