São Paulo, domingo, 20 de outubro de 1996 |
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Real alerta clientes sobre rentabilidade Banco tem R$ 330 milhões no antigo fundo MILTON GAMEZ
Na correspondência, o banco vai lembrar a esses investidores, caso eles não tenham depósitos em outros tipos de fundos, que há outras aplicações mais rentáveis que o ex-commodities. "Não vamos falar para ninguém mudar de aplicação, mas apenas alertar para o fato de que temos fundos com rendimentos melhores. Quem não precisar da liquidez (possibilidade de saques) diária deve pensar melhor", afirma Reginaldo Carvalho, chefe do departamento de fundos do Real. O lembrete não deixa de ser uma atitude insólita, já que o Real, assim como os demais bancos, ganha taxas de administração muito maiores nos velhos fundos do que nos novos FIFs (Fundos de Investimento Financeiro). Mas a longo prazo, conforme os rendimentos dos clientes cresçam, a instituição sairá ganhando. Não há estatísticas precisas sobre o volume de dinheiro que resta nos ex-fundos de commodities. Somente o Real "perdeu" 60% desses recursos, que foram transferidos para outras aplicações. Se, por hipótese, metade dos R$ 27 bilhões detidos pelos ex-commodities há 13 meses tiver permanecido nos fundos que os sucederam, uma bolada de R$ 13,5 bilhões poderia estar rendendo mais em outros FIFs. Se apenas 30% tiverem permanecido, seriam R$ 8,1 bilhões mal aplicados no país. Quem abdicar do saque diário em troca da rentabilidade irá pagar, na saída, Imposto de Renda sobre os rendimentos. Os ganhos do fundo até dezembro do ano passado pagam 10% de imposto. A partir de janeiro, 15%. Analistas calculam que esse "pedágio" do IR seria recuperado em seis meses, em média, devido aos maiores rendimentos oferecidos pelos novos FIFs de 60 dias. Texto Anterior: A era da gerência Próximo Texto: FIFs desbancaram caderneta de poupança Índice |
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