São Paulo, segunda-feira, 21 de outubro de 1996 |
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Igreja Adventista batiza dentro da PF acusado de ser mafioso Detentos mergulharam num tanque improvisado na carceragem DANIELA FALCÃO
Quatro detentos foram batizados pela Igreja Adventista do Sétimo Dia, no próprio prédio da PF: o italiano Filippo Abate (acusado de pertencer à máfia e que será extraditado ainda neste ano), Osman Justiniano Vaca (que aguarda julgamento por tráfico de entorpecentes) e o casal Célia e Francisco da Silva Oliveira, condenados por estelionato contra a Caixa Econômica Federal. Pela primeira vez os presos foram batizados dentro de uma dependência da PF no Brasil. Os quatro batizandos estão no setor de custódia há cerca de oito meses. Célia e Francisco Oliveira, os únicos já julgados, foram condenados a seis anos de prisão. O casal continua na PF porque está aguardando vaga em penitenciária. A conversão dos quatro foi fruto do trabalho de Marcos do Rêgo Bandeira, agente de custódia responsável pela guarda dos presos que esperam julgamento na PF de Brasília. Ele virou adventista há cinco anos, depois da morte da mãe. Segundo Bandeira, dos outros seis detentos sob sua responsabilidade, pelo menos dois já manifestaram desejo de ser batizados pelos adventistas. Mergulho Vestidos com túnica branca e chinelos, os quatro presos mergulharam num tanque improvisado na área externa da carceragem para receber o batismo e ouvir do pastor Valdomiro Reis a promessa de que teriam uma nova vida dali em diante. "Vocês viraram uma página no livro que é a vida e receberam o perdão de Deus. A partir de agora, deverão agir de acordo com as leis do homem e a vontade divina", afirmou o pastor, minutos antes de "dar um caldo" em cada um dos batizandos. O batizado dos adventistas é feito por imersão. O batizando e o pastor entram em um tanque com água até a cintura e, ao fim da cerimônia, o pastor mergulha o batizando. Texto Anterior: Empresário é morto a bala em Rio Preto Próximo Texto: LIVROS JURÍDICOS Índice |
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