São Paulo, terça-feira, 29 de outubro de 1996
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Para tio, crime é imperdoável

DA AGÊNCIA FOLHA

O aposentado César Madalena, 70, um dos nove irmãos de Flora Madalena Andrade, disse não se importará se o estudante Haroldo Alves de Andrade Filho passar na cadeia o resto da vida.
Para ele, "o crime não é perdoável" e seus autores "não merecem consideração".
Ele afirmou que, se depender dele, a família não contratará nenhum advogado para defender o estudante, único filho do casal. Segundo a polícia, Andrade Filho confessou o crime.
César falou por telefone à Agência Folha minutos depois da missa de corpo presente, realizada às 10h de ontem no velório de Santa Cruz do Rio Pardo (375 km a oeste de São Paulo).
A missa foi celebrada por dois irmãos das vítimas. Segundo César, as famílias Andrade e Madalena são católicas praticantes.
O aposentado disse que o estudante foi adotado quando era bebê. O casal não pôde ter filhos.
Haroldo Alves de Andrade nasceu em Ipauçu (355 km a oeste de São Paulo), onde os corpos foram enterrados ontem. Ele conheceu Flora Madalena Andrade em Santa Cruz do Rio Pardo, cidade vizinha, onde os dois se casaram.
César afirmou que Andrade Filho era um "garoto um pouco rebelde". O tio acredita que o sobrinho cometeu o crime para receber o seguro de vida do casal.
O tio afirmou que Andrade Filho estudou nas melhores escolas de São Paulo e teve sempre os gastos pagos por seus pais.

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