São Paulo, sexta-feira, 1 de novembro de 1996
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Direção diz que quer confortar familiares

DA REPORTAGEM LOCAL

A direção da TAM afirmou que a empresa tem dois objetivos após a tragédia de ontem: confortar os familiares das vítimas e descobrir as causas do acidente.
Segundo o vice-presidente operacional e de marketing da TAM, Luiz Eduardo Falco Pires Correa, a empresa não vai se manifestar sobre os supostos motivos da queda antes do final das investigações.
"Qualquer versão que a empresa apresentasse agora seria mera especulação", afirmou Pires Correa.
Ele disse que a empresa conseguiu recuperar as duas caixas-pretas do avião após o acidente.
"Nossa única responsabilidade no resgate era recuperar as caixas-pretas. No restante das operações nós demos todo o apoio aos bombeiros, polícia e Defesa Civil", disse o vice-presidente.
Manutenção
Pires Correa garantiu que a TAM segue todos os padrões internacionais de manutenção de seus equipamentos. "A empresa fazia manutenções periódicas nas aeronaves. A última aconteceu em 15 de outubro", afirmou.
Segundo ele, o avião foi vistoriado por um mecânico da empresa cerca de 30 minutos antes da decolagem do vôo 402. O funcionário não teria achado nenhum problema e teria liberado o avião.
Ontem de manhã, antes de sua última decolagem, o avião veio de Caxias do Sul (RS) para São Paulo, onde trocou de tripulação e embarcou em direção ao Rio.
"O piloto que veio de Caxias fez um relatório de vôo onde não constava nenhum problema com o equipamento."
O presidente da empresa, Rolim Amaro, estava voando para os Estados Unidos quando soube do acidente.
Ele interrompeu sua viagem na ilha de Aruba (Caribe), de onde deveria voltar para São Paulo na noite de ontem. Sua chegada em Congonhas era esperada para a madrugada de hoje.
Flat
A TAM montou uma central de atendimento aos parentes da vítima em um flat perto do aeroporto.
"Foi uma tragédia enorme, que nos deixou sensibilizados. Daremos toda a assistência possível às pessoas envolvidas no acidente", afirmou Pires Correa.

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