São Paulo, sexta-feira, 1 de novembro de 1996
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Empresário é assassinado em escola após matar ex-mulher

Atual marido é acusado do crime em Americana

DA FOLHA SUDESTE

O empresário Francisco Carlos Manuel de Jesus, 38, foi morto ontem no pátio de uma escola de Americana (133 km a noroeste de São Paulo) depois de ter matado sua ex-mulher, Marlete Campanhol, no mesmo local.
Segundo a polícia, Jesus seguiu o carro de Marlete até a escola Sesi, no bairro Fresarim (região oeste), e desceu do carro disparando tiros contra a ex-mulher.
Segundo o delegado do 1º Distrito Policial de Americana, Windor Claro Gomes, 40, Marlete foi morta com pelo menos dois tiros depois de ter sido perseguida até o pátio da escola.
Ela estaria levando seu filho à escola junto de duas irmãs.
Durante o tiroteio, as crianças da escola foram retiradas do local.
"As testemunhas disseram que a Marlete correu para o pátio da escola para se proteger e lá ele a acertou com os tiros", disse Gomes.
O delegado afirmou que confirmou a presença de uma terceira pessoa durante a perseguição com o depoimento de Marta Janete Campanhol, uma das irmãs de Marlete presentes na escola.
Gomes disse que teria sido confirmada a participação do industrial Gilson Baldo no crime.
Segundo a polícia, ele estaria vivendo atualmente com Marlete. O industrial não foi encontrado.
"Agora precisamos investigar quando e como ele participou do crime", disse.
A outra irmã de Marlete, Anselma Campanhol, 27, levou um tiro nas costas e sofreu uma cirurgia à tarde.
Ela permaneceu internada em observação na Clínica São Lucas.
Uma equipe de investigação da polícia civil encontrou à tarde o industrial, acusado de ter matado o empresário.
Segundo o delegado do primeiro distrito policial de Americana, Windor Claro Gomes, 40, que ouviu testemunhas sobre o caso, existem versões conflitantes sobre o crime.
Gomes disse que o advogado de Gilson se apresentou na delegacia confirmando a autoria do crime.
"O advogado dele me disse que na próxima segunda-feira ele vai se apresentar no primeiro DP."
Baldo mora em Santa Bárbara D'Oeste (150 km a noroeste de São Paulo).
O delegado afirmou que vai apresentar também a arma utilizada no crime.

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