São Paulo, sexta-feira, 1 de novembro de 1996
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Esplanada Grill muda além do marketing

JOSIMAR MELO
ESPECIAL PARA A FOLHA

Quanto mais crescem os rodízios, mais há razões para prestar atenção nas churrascarias que seguem no sistema de servir carnes à la carte.
É o caso do Esplanada Grill, que vai se tornando um veterano sem sinais de velhice. Depois de um começo titubeante em 1985, a casa conquistou uma clientela abonada e ruidosa, colorida e animada.
Tornou-se ponto de encontro do meio artístico e publicitário. Também de um público mais deslumbrado que deslumbrante. E de uma clientela que, atraída pelo aconchego das confortáveis poltronas do bar, não se incomoda com a estética fria e insossa do salão. Vingou.
Depois de tanto sucesso, o restaurante viveu certa modorra. Talvez percebendo isso, neste ano os sócios introduziram novidades que não ficaram apenas no marketing (que tampouco faltou: veja os cardápios feitos por cartunistas famosos).
Entre elas, o couvert perdeu aquela salada picadinha em juliana, temperada pelo garçom, no estilo do Rodeio. Deixa saudades, substituída por um bufê ambulante que chega às mesas num carrinho (as opções são poucas; perde de longe dos rodízios, e acrescenta pouco ao sistema anterior).
Entre os bons pães de queijo, o cardápio oferece petiscos atraentes como pastéis e costelinhas de cordeiro ou de porco. As carnes tradicionais da grelha são saborosas -e a grelha, também resistindo à pressão dos tempos, continua sendo de carvão.
Picanha, fraldinha, bife de chouriço e miolo de alcatra são normalmente entregues no ponto pedido.
A costela, uma das especialidades da casa, continua sendo competente, servida agora numa nova versão, mais leve: a costela de vitelo de búfalo, fornecida pelas carnes Wessel, uma peça cheia de suculência e sabor.
Também de búfalo da mesma procedência, outra novidade é o steak, cortado do coxão mole do vitelo, com extrema maciez.
São novidades que podem ajudar o Esplanada a perpetuar seus dez anos de sucesso. (JM)

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