São Paulo, sábado, 2 de novembro de 1996
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ACM ajuda pepebista no 2º turno

WAGNER OLIVEIRA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SALVADOR

Depois de eleger seu candidato em Salvador, o senador Antonio Carlos Magalhães (PFL) busca influir na eleição em Feira de Santana, segunda cidade da Bahia.
Com cerca de 220 mil eleitores, Feira de Santana (109 km de Salvador) é o único município do Estado em que haverá segundo turno.
ACM nunca elegeu um prefeito da cidade. Ele enfrentava a mesma resistência em Salvador, onde seu candidato, Antonio Imbassahy (PFL), venceu no primeiro turno.
Em apoio ao candidato Josué Mello (PFL), ACM tem ido à cidade para participar de comícios.
Ontem, ele esteve em Feira de Santana com o governador Paulo Souto (PFL) e secretários de Estado para a entrega de carros à polícia e ao Corpo de Bombeiros.
Segundo o chefe de gabinete da Prefeitura de Feira de Santana, Jorge Cazumbá, o governo do Estado inaugurou nas últimas duas semanas obras de saneamento básico e eletrificação na área rural.
Cazumbá disse também que obras de revitalização do centro da cidade, custeadas pelo governo estadual, já estão em andamento.
"As obras são muito importantes para o município, seja em época eleitoral ou não", afirmou.
Resistência
A coordenação da campanha de Josué Mello aposta no apoio de ACM para vencer o pleito.
"Hoje, na Bahia, é muito difícil um município ser governado sem uma parceria com o governo do Estado", disse o coordenador político da campanha de Mello, Raimundo Souza Santos.
A coordenação da campanha do candidato adversário, José Falcão (PPB), afirma que as obras são "eleitoreiras".
"Feira de Santana sempre foi uma resistência ao 'carlismo' (grupo do senador) e não é com obras de última hora, que até são importantes, que vamos perder a eleição", diz o coordenador da campanha de Falcão, Jânio Rego.
Falcão, ex-aliado de ACM, tem apoio de partidos de oposição ao senador na Bahia, como PMDB e PSDB, e de João Durval, ex-governador e inimigo político de ACM.
O atual prefeito da cidade, José Raimundo Pereira de Azevedo (PSDB), se diz neutro na disputa.

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