São Paulo, sábado, 2 de novembro de 1996 |
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EUA participam das investigações
DANIELA FALCÃO
A comissão que está investigando o acidente é comandada pelo coronel Cunha, chefe da Divisão de Investigação e Prevenção de Acidentes do DAC (Departamento de Aviação Civil). Os ingleses e americanos chegaram ontem ao Brasil e se juntaram aos seis holandeses que estão em São Paulo desde ontem. A Fokker (empresa holandesa construtora dos aviões usados pela TAM) mandou três técnicos, e o departamento de aviação civil da Holanda, outros três. Entre os brasileiros da comissão, há três oficiais da Aeronáutica especializados em segurança de vôo, um médico aeroespacial e três engenheiros do Instituto de Fomento Industrial -órgão do Ministério da Aeronáutica que autoriza a compra de aviões e peças pelas companhias aéreas brasileiras. Os ingleses são da Rolls-Royce, empresa fabricante das turbinas usadas pelo Fokker-100. Os americanos são da NTSB (National Transportation Safety Board, agência que cuida da segurança de vôos) e da FAA (equivalente ao DAC no Brasil). Eles pediram à Aeronáutica para participar das investigações porque os EUA são os maiores operadores de Fokker-100 no mundo. Caixa-preta Uma das fitas da caixa-preta do avião, a fly data recorder, com todas as informações técnicas sobre o vôo 402, deverá ser enviada à sede do NTSB nos EUA para que os dados sejam decodificados. A outra fita da caixa é a que registra os diálogos da tripulação. A comissão de investigação queria fazer a leitura da fita com os dados no Brasil. Como a caixa-preta sofreu danos em decorrência da queda, a caixa vai para o NTSB nos EUA. A outra fita, com os últimos 20 segundos de comunicação dentro da cabine do vôo 402, será analisada em São Paulo mesmo -assim como a fita com todos os diálogos entre o piloto da TAM e a torre do aeroporto de Congonhas. Se houver muitos ruídos interferindo nos diálogos, a comissão de investigação deverá enviar as fitas para a Unicamp (Universidade Estadual de Campinas). Peças A maioria das peças e partes do avião recolhidas no local da queda foi reunida em um galpão da TAM. Antes de serem transferidas, as peças foram fotografadas. Foi elaborado um "mapa de grade", com a localização exata de onde cada uma caiu. As peças serão colocadas no galpão na mesma posição em que caíram para ajudar os técnicos a entenderem o que aconteceu. Texto Anterior: Reversão causou acidente em 91 Próximo Texto: Investigação aponta para falha mecânica como causa do acidente Índice |
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