São Paulo, sábado, 2 de novembro de 1996
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Cresce contaminação de bebês

DANIELA FALCÃO
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Umas das principais consequências do aumento no número de mulheres com Aids é o crescimento da transmissão perinatal (durante o parto) do HIV.
Em 90, 173 bebês foram infectados pelas mães durante o parto. Em 94, o número de recém-nascidos que contraíram o HIV no nascimento pulou para 424 casos.
As chances de uma mãe soropositiva transmitir o vírus para o filho durante o parto é de 30%.
Se os médicos tiverem conhecimento de que ela tem Aids e injetarem o AZT (droga que impede a reprodução do HIV) durante o parto, as chances de o bebê ser contaminado caem para 8%.
Quando o tratamento com o AZT é feito desde o início da gravidez, a possibilidade de o recém-nascido ser infectado pode ser reduzida a 2% dos casos.
Para diminuir o índice de contaminação perinatal, a coordenação do Programa Nacional de DST/Aids está orientando os hospitais credenciados ao SUS (Sistema Única de Saúde) que recomendem às mães a realização do teste anti-HIV durante o pré-natal.
O teste não seria obrigatório, mas todos os médicos alertariam as mães para as chances de o bebê ser infectado durante o parto no caso de ela ser soropositiva.
O Ministério da Saúde também comprou AZT injetável para ser distribuído a todas as maternidades credenciadas ao SUS, além de elaborar manuais com orientações aos médicos sobre a aplicação da droga durante o parto.
(DF)

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